Relato da 1a visita à São Remo (09 de agosto de 2017)

Por Joice Genaro Gomes

Na primeira visita à São Remo fomos até a sede da Alavanca para conversar com o seu
representante, Reginaldo, morador da comunidade. A Alavanca é uma organização sem
fins lucrativos criada, nos anos 2000, por uma aluna que veio da Alemanha para fazer
parte dos estudos na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP,
Daniela Mattern. Segue abaixo breve memória da reunião, com algumas informações
apresentadas por Reginaldo sobre a Alavanca e sobre a comunidade São Remo:
• 2005 – Estruturação jurídica da Alavanca.
• Até 2010 – Parceria entre a Alavanca e o Governo da Alemanha.
• 2014 – Por falta de recursos, a Alavanca encerra suas atividades.
• 2015 – Reabertura da Alavanca sob coordenação do Reginaldo.
• Atendimento atual é precário e, atualmente, contam com a colaboração de um
coletivo formado por alunos da Faculdade de Biologia da USP.
• Toda 3a feira, as crianças têm aula de desenho com a Laerte.
• Pontuou a importância do Jornal da São Remo realizado por voluntário da
Faculdade de Jornalismo da USP.
• Existe um outro projeto na comunidade chamado “cães terapêuticos” com
crianças de até 14 anos.
• A FAU Social, coletivo de alunos da Faculdade de Arquitetura, trabalhou no
Alavanca no primeiro semestre de 2017.
• Anos de 1960 e 1970 – A São Remo foi formada por trabalhadores que vieram
do Nordeste trabalhar nas obras de construção do campus da USP.
• Algumas pessoas possuem contratos de compra e venda dos seus lotes.
• Alguns moradores na comunidade possuem várias casas em pequenos
condomínios que alugam.
• Há presença de bolivianos que trabalham em oficinas de costura na comunidade.
• Em 2008, a SR possuía, em média, 6.000 famílias.
• Relação com a USP – a universidade fala que vai fazer a urbanização da São
Remo. Boatos de que o terreno ocupado pela São Remo foi doado da USP para a

CDHU/Prefeitura de SP e em convênio com a USP foi feito um projeto pela FAU
(ninguém sabe com quem está).
• A comunidade São Remo está divida em três áreas: Riacho Doce (parte baixa)
/São Remo (parte alta)/ Sem Terra (área do Buracanã, terreno do HU, onde só
tinham lixo e mato e foi ocupada recentemente).
• A parte baixa da São Remo sofria alagamentos quando chovia, mas cessou depois
que foi feito um piscinão.
• A gestão atual da Associação de Moradores da São Remo não tem uma relação
com a Alavanca.
• Na São Remo existem 12 Igrejas Evangélicas (Universal, Deus é Amor etc.); 1
Igreja Católica; e 2 Centros Espíritas.
• Muitos moradores trabalham no Rodão Atacadista (mercado vizinho a São
Remo).
• O Supermercado Extra Jaguaré financiou o Projeto Quadra Viva.
• Muitos moradores trabalham como terceirizados na USP (limpeza).
• CAPS Infantil (fantasma que ainda não está em funcionamento), Posto de Saúde,
Creche (Já possui um terreno cedido pela USP. O Carrefour ia financiar a
construção de uma creche na comunidade em parceria com a prefeitura de SP,
mas com a derrota do Haddad nas eleições municipais, o projeto não foi para a
frente).
• A coleta de lixo é feita por pequenos caminhões que transitam nas vias principais
3x na semana.
• A comunidade possui rede de água e há pouco tempo foi regularizada as
instalações elétricas. Em relação ao esgoto, somente na parte alta tem rede de
coleta de esgoto.
Após essa primeira conversa, junto com Reginaldo, percorremos parte da comunidade,
indo da Alavanca até o Riacho Doce.

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